A Siemens é a empresa escolhida pela Washington State Ferries (WSF), transportadora norteamericana, para o projeto de eletrificação de três embarcações da sua frota. À tecnológica caberá a realização de estudos de substituição do sistema de controlo de propulsão atual e a sua conversão para propulsão híbrida, que vai resultar numa redução da pegada de carbono em 48.565 toneladas métricas de CO2 por ano. Após a conversão, estes ferries terão emissões de carbono próximas do zero.
Os três ferries da WTS, da classe Jumbo Mark II e os maiores da frota, são responsáveis por mais de 26% do consumo anual de combustível da empresa, o que corresponde a cerca de 22 milhões de litros de diesel por ano. Cada uma destas embarcações tem capacidade para 1.800 passageiros e 202 veículos e fazem as ligações entre o centro de Seattle e a ilha de Bainbridge e entre Kingston e Edmonds, no estado de Washington, nos Estados Unidos da América.
Ao longo dos próximos anos, a Siemens vai eletrificar, juntamente com a WSF, a propulsão dos ferries para passarem a ser um modo de transporte com emissões de carbono próximas do zero. O projeto de reconversão, atualmente em fase de estudo de engenharia, inclui a retirada de dois geradores de propulsão, a instalação de um sistema de armazenamento de energia em baterias e o desenvolvimento do sistema de carregamento rápido. O trabalho inclui ainda o acompanhamento da operação de conversão e a instalação de estações de carregamento rápido em cada cais de embarque.
António Carvalho, responsável pela área Marine Solutions da Siemens Portugal, explica: “este é um futuro possível para a modernização de frotas a operar no transporte marítimo. Projetos de conversão deste género trazem vários benefícios, quer ao nível da redução dos custos com a manutenção das embarcações e com os combustíveis, quer no resultado real das operações que passam a ser ainda mais seguras e sustentáveis.”
Prevê-se que estas conversões reduzam os custos de combustível e de manutenção em mais de 12.6 milhões euros por ano. Além disso, os passageiros vão poder desfrutar de viagens mais agradáveis e menos poluentes, livres do ruído, das vibrações e dos fumos dos motores a diesel.
A Siemens já realizou outros projetos do género por toda a Europa, tal como a recente conversão do Princess Benedikte, de 142 metros de comprimento. Operado pela companhia de navegação Scandlines, este ferry tem o maior sistema de propulsão híbrida do mundo instalado numa embarcação deste género e armazena o excesso de energia elétrica em baterias, eliminando assim a necessidade de recorrer a um dos cinco geradores a diesel do ferry.
1 14 milhões de dólares