A edtech Picode,
especializada em cultura maker para utilização pedagógica, foi responsável pela
criação de uma linha do tempo histórica e científica, usada como base na
condução das atividades. A jornada do curso visa despertar a curiosidade e a
sensibilidade dos alunos, por meio de módulos com desafios constantes. No
total, são 40 horas de práticas no contraturno das aulas. A curadoria artística
é de Fabiana Moraes, doutora em comunicação e cultura, mestre em estética e
ciências da arte, radicada há 20 anos na França. O projeto parte de aspectos da
robótica, como mecânica e eletrônica, para embasar os conceitos em trabalhos de
artistas visuais conhecidos por mudar paradigmas. Nomes como Leonardo da Vinci,
no século 15, alcançando Alexander Calder, no século 20, i.e., o arco é amplo o
suficiente para demonstrar aos estudantes aspectos diversos nas artes visuais.
Além dos nomes citados, as aulas contam
com referências a Alexander Calder, Joan Miró, Marcel Duchamp, László
Moholy-Nagy, além de brasileiros como Sérvulo Esmeraldo, Abraham Palatnik,
Lygia Clark e Vik Muniz.
“Vamos relacionar
arte e ciência a partir do conceito de movimento, que orientou as pesquisas
científica e artística em alguns momentos da história no Ocidente. A ênfase é a
Arte Cinética no Brasil, com nomes como Abraham Palatnik, Lygia Clark e Sérvulo
Esmeraldo”, afirma Fabiana.
“A Fundação Siemens acredita firmemente
que um futuro sustentável depende de educação de qualidade e em projetos que
ofereçam autonomia e raciocínio crítico às novas gerações. O projeto Engenhoka
é uma prova de que podemos sim pensar a tecnologia integrada ao contexto social
nas escolas e oferecer a esses jovens um futuro mais relevante por meio da arte
e da inovação”, afirma Juliana Solai, coordenadora de sustentabilidade da
Fundação Siemens.
Aprovado pela Lei Federal
de Incentivo à Cultura, o Engenhoka conta com patrocínio da Siemens Brasil, por
meio da Fundação Siemens, do Simpress, do Digix, do Wilson Sons e da Google
Brasil, e é realizado pela Burburinho Cultural e pelo Ministério da Cultura,
Governo Federal - União e Reconstrução. Na capital fluminense, o programa
iniciará as atividades no Colégio Estadual Souza Aguiar. Em Niterói, no Colégio
Estadual Zuleika Raposo Valadares. Em São Paulo, o projeto será realizado na
EMEF Jayro Ramos, em Pirituba. Santana do Parnaíba contará com o programa na
ETEC Profª Ermelinda Giannini Teixeira. Já no município paulista de Jundiaí, a
iniciativa ocorrerá na EE Alessandra Cristina Rodrigues de O. Pezzato, e no
litoral chegará à EM. Dr. Gladston Jafet, no Guarujá.