Os “HackaSiemens”, nome que a empresa deu às suas competições, trabalharam com uma grande diversidade de desafios, atendendo às necessidades dos setores de Petróleo e Gás, Energia, Indústria, Papel e Celulose e Fabricantes de Máquinas. As soluções apresentadas aos clientes contavam com tecnologias como Realidade Aumentada, Chatbox - interação entre cliente e fabricante da máquina - e Inteligência Artificial em aplicativos, desenvolvidos “do zero” dentro do MindSphere em apenas alguns dias. No total dos 4 HackaSiemens, foram desenvolvidos mais de 20 aplicativos para a plataforma MindSphere, o que auxiliou a empresa em seu objetivo de fomentar o ecossistema desta plataforma no Brasil.
"Percebemos que os clientes queriam que inovássemos em conjunto e que, se fizéssemos isso, estaríamos mais bem posicionados como marca para eles" afirmou Caio Pandolfi, Innovation Manager da Siemens no Brasil. "Para que essa inovação se tornasse realidade, de forma efetiva e dinâmica, a ideia foi pegar o modelo tradicional de hackathon e torná-lo mais Siemens. Dessa forma, nasceu o HackaSiemens, que fez com que o foco do desafio fosse o cliente e resultou em muitos comentários positivos tanto de parceiros como dos participantes" contou.
Dentre os cases de sucesso, é possível ressaltar as soluções apresentadas para os clientes Klabin e ISA CTEEP. A Klabin, por exemplo, tinha o desafio de entregar maior rendimento em um processo de produção de um papel especial e a solução apresentada pelos desenvolvedores conseguiu entregar isso através de um protótipo de aplicativo que auxilia a operação a identificar bobinas de papel fora do padrão, antes mesmo de serem produzidas. Dessa forma, será possível diminuir o número de bobinas de papel descartadas por desvios de processo.
“Os programas de inovação aberta têm se mostrado uma importante ferramenta de inovação para a Klabin. Com eles, abrimos uma possibilidade de conexão direta com diversos públicos que potencialmente podem nos ajudar a solucionar desafios diversos. A solução trazida a partir do Hackathon realizado em parceria com a Siemens, certamente nos auxiliará na resolução deste ponto do processo produtivo”, afirma Renata Freesz, gerente de Inovação da Klabin.
Para a transmissora de energia ISA CTEEP, o desafio era evitar problemas em Transformadores de Corrente (TC´s), utilizando o princípio da confiabilidade, que consiste em identificar possíveis falhas de forma a permitir ações de contingência antes que elas ocorressem. A solução encontrada pelo grupo vencedor visa monitorar a condição de operação dos TC’s localizados em subestações de energia de alta tensão e funciona com o uso combinado de um aplicativo e de sensores.
“Os participantes do Hackathon Siemens/ISA CTEEP apresentaram diversas soluções interessantes, todas focadas em integrar hardware com software na aplicação MindSphere. Temos certeza que esse é o caminho para a melhor gestão dos ativos e, consequentemente, se traduzirão em uma melhor prestação de serviço para a sociedade. Atingimos o objetivo em todas as propostas, dado que nos apresentaram soluções de monitoramento que auxiliam na identificação, de maneira preventiva, das tendências de falhas em transformadores de corrente, antes que se materializem”, explica Daniel Barbin, Coordenador da área de Comissionamento e Proteção da ISA CTEEP.
Público diverso:
Nessas quatro edições, os participantes vieram de diversas regiões do Brasil e tinham os perfis mais variados. Com idades entre 14 a 60 anos, cada um tinha seus desafios pessoais e esperanças para as competições.
Emanuel, programador e desenvolvedor, foi o participante mais jovem dos HackaSiemens. Com 14 anos, ele entende que o mundo está mudando e enxerga essa transição de maneira positiva. “A área de tecnologia é uma coisa legal, porque o mundo que estamos vivendo está se reinventando. Além disso, a Siemens faz a gente se sentir à vontade com essas inovações” afirma o jovem.
Já um dos grupos vencedores do último HackaSiemens, que ocorreu na OTC 2019, no Rio de Janeiro, tiveram um longo caminho até o evento. Dos 4 integrantes, um veio do Pará, uma integrante veio do Maranhão, uma de Recife e apenas um do Rio de Janeiro. Para estes jovens, a vitória foi uma boa surpresa, que trouxe uma experiência incrível. “Você sai para um evento querendo aprender e espera absorver só a técnica, mas quando vê, é muito além disso. É networking, conhecer pessoas incríveis, aprender coisas que são realmente importantes para o desenvolvimento profissional, além de uma carga pessoal muito superior a qualquer expectativa prévia,” diz Nathália Rodrigues, integrante do grupo vencedor.
Todos os projetos apresentados nos HackaSiemens estão em desenvolvimento, em diferentes etapas. Os desenvolvedores, clientes e a Siemens continuam trabalhando juntos para pôr em prática as soluções elaboradas e a expectativa é que esse tipo de iniciativa continue a ser implementada em outras ocasiões, criando um ecossistema de inovação colaborativo, que traga vantagens para empresas, estudantes, desenvolvedores, universidades e startups.