Gêmeo Digital
O gêmeo digital é uma
tecnologia-chave para os avanços nesta década. Trata-se de uma aplicação de
software que utiliza dados do mundo real para criar uma simulação computacional
de um objeto, como por exemplo, um edifício ou um serviço, podendo ser
utilizada para prever como seu respectivo gêmeo físico funcionará.
Como exemplo, é possível
apontar um caso de uso específico. O uso do gêmeo digital pode ajudar as
cidades a otimizar todos os aspectos do planejamento urbano, desde projetos e
construções até operações e gestão de distritos inteiros.
Esse tipo de aplicação,
em uma escala maior, já é uma realidade na
Praça Siemensstadt, em Berlim, onde a
tecnologia interconecta edifícios, sistemas de transporte e outras infraestruturas,
como distribuição de energia. As vantagens são imensas em termos de melhorias
financeiras, sustentabilidade e habitabilidade.
Em 2022, a Siemens lançou
o
Building X, solução que combina os
mundos real e digital dos edifícios, consolidando dados de várias fontes em um
gêmeo digital de operações prediais. Os usuários se beneficiam da transparência
que o Building X oferece em seus esforços para tornar suas edificações mais
sustentáveis, obter melhor desempenho do edifício e otimizar a experiência do
usuário – tudo resultando em melhores resultados comerciais.
Metaverso Industrial
O metaverso industrial é um ambiente virtual em 3D que
simula o mundo real, acessado por meio de aparelhos de tecnologia acessível
como celulares ou óculos VR. Dentro dessa possibilidade de criação infinita em
ambiente digital, são os avatares que farão a interação entre usuários e
máquinas. A experiência do metaverso da Siemens
baseia-se em sua tecnologia líder de gêmeo digital fotorrealista.
Rafael Alves, responsável
pela área de Digitalização da Siemens (foto), lembra que o gêmeo digital provoca um
ciclo de retroalimentação com o mundo físico, onde os dados de uma planta
voltam ao software para análise e melhorias nos processos. E, mais do que isso,
a simulação digital também pode acelerar a implantação das redes de comunicação
5G. “É possível criar uma fábrica ou cidade virtual para verificar os melhores
pontos onde instalar a infraestrutura”, completa o executivo. Embora o nome
seja metaverso industrial, é possível aplicar essa tecnologia em diferentes
segmentos, como por exemplo, infraestrutura.
5G Industrial
Em 2023, o conceito de
redes 5G privadas passa a transcender os limites de uma rede puramente física,
incluindo elementos como computação em nuvem, processamento de borda, uso de
aplicativos e armazenamento de dados totalmente virtualizados. O 5G agrega não
só mais velocidade para a internet móvel, mas também um tempo de resposta ao
envio de dados (latência) muito menor e uma capacidade mais ampla de processamento
de dispositivos conectados. A Siemens, líder em tecnologia com propósito, é a
primeira empresa brasileira a obter a licença definitiva para operar o
o 5G Privativo Industrial em sua fábrica, em
Jundiaí.
“Uma das principais diferenças entre o 5G e as
gerações anteriores de redes celulares está em seu foco na comunicação
máquina-máquina e na Internet Industrial das Coisas (IoT) que, em um cenário de
aumento de demanda, torna o 5G peça fundamental desse quebra-cabeça
tecnológico”, explica Pablo Fava, CEO Brasil da Siemens.
Plataformas “As a Service”
Com o fortalecimento de
redes, maior presença na nuvem e demanda por segurança de dados, as Plataformas
as a Service devem se tornar mais presentes e consolidadas. Essa solução
trabalha com o uso de inteligência artificial aliada à IoT, onde
superaplicativos, sistemas digitais imunes, gerenciamento de confiança e
segurança de IA podem ser desenvolvidos.
A Siemens, líder em tecnologia, e a Brasol, empresa do grupo
especializada em soluções de energia distribuída no modelo de serviço, criaram
um modelo de negócio inovador para o mercado de eletromobilidade. Trata-se de
um serviço customizado de carregamento para veículos elétricos e geração de
energia solar limpa na modalidade “Charging as a Service” (CaaS). Com ele, o
cliente do setor industrial ou comercial fica isento da compra e do
gerenciamento dos equipamentos SICHARGE UC da Siemens, que ficam sob a
responsabilidade da Brasol durante o período de contratação.
Cibersegurança
Dentro
do universo industrial, a segurança cibernética, a conectividade e a
digitalização irão transformar as empresas em até três anos, conforme acreditam
77% dos executivos de áreas de negócios e TI no Brasil responsáveis pelas redes
de dados em suas empresas, segundo a pesquisa “Empoderamento do cliente no novo
cenário de Telecom: os impactos da adoção de 5G e Wi Fi 6 nas empresas
brasileiras”, realizada pela Deloitte Brasil. Ainda de acordo com a pesquisa,
preocupações quanto à cibersegurança e compatibilidade com versões anteriores
de sistemas existentes são os maiores desafios para 45% dos mesmos executivos
respondentes.
Vale
ressaltar que, acreditando que uma barreira importante para a digitalização é a
segurança cibernética das redes e dos dados dos clientes, a Siemens é uma das
companhias fundadoras do
Charter of Trust,
uma aliança internacional de parceiros globais com o objetivo de criar um
ambiente digital mais seguro. Com isso, o tema entra na pauta ESG, pois estamos
lidando com equipamentos que detém informações capazes de afetar vidas.