Como peça-chave dessa evolução, a utilização do Gêmeo Digital
(Digital Twin) da Siemens, que possibilita a construção de uma cervejaria e a
simulação de seus processos em ambiente totalmente digital e, com isso, permite melhor e mais rápido
planejamento e implementação da tecnologia. “Antigamente, a engenharia civil
cuidava da construção, a mecânica instalava seus equipamentos e a elétrica
finalizava. Só então chegava a tecnologia e essa é a grande transformação que a
Indústria 4.0 nos trouxe. O Digital Twin é agora a
pedra fundamental, o início de tudo”, diz Gonçalves.
“A tecnologia está
revolucionando os processos em toda a cadeia de valor ao fazer a representação
virtual de um produto, processo de produção ou de seu desempenho. Dessa forma,
o Gêmeo Digital potencializa uma melhora consistente em eficácia, minimiza
taxas de falha e encurta ciclos de desenvolvimento”, diz Bianca
Cerveira, Gerente de Desenvolvimento de Parcerias da Siemens.
Fomento à
Inovação
O case da cervejaria contou com a subvenção
econômica para apoio a projetos de inovação envolvendo tecnologias 4.0, lançado
pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Finep
(Financiadora de Estudos e Projetos). A Greylogix escolheu a tecnologia Siemens
para integrar este projeto da cervejaria atendendo aos preceitos da Indústria
4.0 ao mesmo tempo em que considera e atende requisitos ESG (Ambientais,
Sociais e de Governança, da sigla em inglês).
O projeto lança mão de tecnologias habilitadoras como: computação de
borda, gêmeo digital, inteligência artificial, internet das coisas (IoT),
manutenção preditiva, computação em nuvem, entre outras. A Siemens foi
escolhida para aplicar a tecnologia do Gêmeo Digital do início ao fim. Também
participou do projeto a empresa Egisa.
ESG
como negócio
O projeto da cervejaria prevê que a fonte de calor, atualmente
proveniente de combustíveis fósseis, seja 100% substituída por energia eólica
ou solar, que virá do teto da fábrica. Outra iniciativa sustentável foi a
diminuição do consumo de água (dos atuais 10 litros para seis na produção de um
litro de cerveja). Os resíduos sólidos também ganharam outro destino diferente
de aterros com o aproveitamento de proteínas para uso animal ou humano. Quanto
ao CO2, se a planta produz menos de 500 mil litros por mês, não vale a pena
fazer a captura e reutilizar. A estratégia foi usar o CO2 de fermentação que
vem em cilindros e transformá-lo em composto para o setor civil, por meio de
uma rota alcalina.